Por Cassiano Luz
A ampla repercussão da crise sanitária yanomami tem me trazido inúmeras mensagens nos últimos dias. São muitas perguntas, pedidos de esclarecimentos, sugestões e algumas críticas a um suposto silêncio das organizações missionárias e outras vozes evangélicas diante de uma situação calamitosa que teria ceifado mais de 500 vidas de crianças yanomamis nos últimos 4 anos, conforme notícia que tem sido veiculada em diversos canais de imprensa.
Incapaz de dar conta de tantas interlocuções, mas movido pela importância que esse tema tem para mim pessoalmente, decidi repetir o formato que adotei anos atrás quando a pauta era o presumido risco de internacionalização amazônica, escrevendo e compartilhando este texto no qual procuro ser o mais objetivo possível acerca do assunto, mesmo sabendo que não é tarefa fácil.
Antes de tudo, dois esclarecimentos importantes. Primeiro, não se trata de um texto científico. Não estou, neste momento, buscando dados estatísticos atualizados e nem confirmações de informações mais precisas relativas a acontecimentos, datas e locais. Meu objetivo é ampliar um pouco mais a discussão e mostrar que a temática é, de fato, mais complexa do que pode parecer. Segundo, não falo aqui em nome de nenhuma instituição, nem mesmo aquelas que represento. Trata-se de uma iniciativa e pontos de vista absolutamente pessoais, de alguém que viveu e trabalhou por quase uma década entre os yanomami, dedicou bastante tempo estudando sua língua e cultura, relacionando-se com eles, tem profundo respeito por esse povo, e há mais de 30 anos mantem contato constante com os próprios yanomamis e com pessoas que trabalham há décadas entre seus diferentes subgrupos, tanto no Brasil como na Venezuela.
Não restam dúvidas de que há uma crise sanitária em curso entre o povo yanomami. Não posso afirmar que todas as tristes e comoventes imagens que estão circulando são atuais, e nem tenho condições de dimensionar a real extensão dessa crise, mas devemos estar conscientes de que sim, há fome extrema, ausência de insumos e de assistência adequada em boa parte da Terra Indígena Yanomami, e aqui me detenho àqueles que estão em território brasileiro. Dito isso, penso em pelo menos quatro aspectos que precisam ser abordados para trazer maior esclarecimento àqueles que estão interessados e preocupados em ajudar de alguma maneira.
1 – O FATOR TERRITORIAL
A Terra Indígena Yanomami tem mais de 190 mil quilômetros quadrados, 9,6 milhões de hectares de extensão em região de selva amazônica, por onde estão espalhadas milhares de comunidades que representem quatro subgrupos principais e inúmeros clãs familiares. O acesso a essas regiões é muito difícil, na grande maioria dos casos sendo feito apenas em pequenas aeronaves, predominantemente aviões monomotores que transportam tanto pessoal quanto insumos e mantimentos. Isso torna as operações extremamente onerosas. Considere a imensa capilaridade de aldeias que precisam ser atendidas por terra a partir dos locais que possuem pistas de pouso, muitas vezes tendo que percorrer dias em mata fechada, e comece a vislumbrar a dificuldade de se manter equipes de saúde em área por longos períodos, por exemplo. Ao longo dos anos me convenci de que somente aqueles profissionais que abraçam esse trabalho como uma causa pessoal, a partir de uma convicção vocacional, são capazes de permanecer por períodos mais prolongados. Ao mesmo tempo, sem um nível maior de comprometimento não se consegue comunicar de forma adequada com um povo predominantemente monolíngue, não falante do português, em sua maioria, nem fazer diagnósticos mais precisos sem uma compreensão cultural mais aprofundada. São necessários anos de dedicação para aprender ao menos um dos dialetos e ter uma compreensão adequada dos códigos culturais yanomamis, o que não acontece sem um comprometimento pessoal intenso.
2 – O MODELO DE GESTÃO
Não é meu objetivo aqui entrar no mérito da comparação entre as administrações publica e privada, mas é fato que historicamente temos observado muitos problemas na gestão pública, especialmente onde estão os maiores orçamentos. A gestão logística e de insumos na assistência governamental devida aos yanomami tem sido problemática há várias décadas, em diferentes governos. Conflitos de interesses, desmandos e corrupção têm sido recorrentes na gestão indígena yanomami desde sempre, alternando momentos melhores e piores. Há um sério problema no próprio sistema que precisa ser revisto. Não tenho nenhum receio em afirmar que os locais assistidos pelas agências missionárias têm um resultado muitas vezes superior em termos de qualidade no atendimento e melhor qualidade de vida dos indígenas. Porém a atuação missionária é extremamente limitada em termos geográficos.
3 – A PRESENÇA EXPLORATÓRIA
Também não entrarei aqui na discussão sobre o modelo brasileiro de demarcação de terras indígenas, nem na política de proteção aos chamados “povos isolados e de recente contato”, apesar de entender que essas são discussões importantes e necessárias. Mas é fato que a presença hoje ilegal e exploratória dos recursos naturais, principalmente ouro e cassiterita no caso da área yanomami, tem sido absolutamente nociva ao meio ambiente e às comunidades indígenas, direta e indiretamente. Vivi por quatro anos em uma comunidade yanomami no Alto Rio Mucajaí, 170 km distante da capital de Roraima, Boa Vista. Esse rio onde minha filha mais velha aprendeu a nadar e de onde bebíamos água tranquilamente, hoje está praticamente morto, pela ação desenfreada e ilegal dos garimpeiros. Em uma simples busca no Youtube encontra-se um vídeo gravado em 2021 mostrando a comemoração de garimpeiros após terem êxito em desviar o curso do Rio Mucajaí para poderem garimpar em seu leito seco. Não havendo o rio, com a presença de novas “vilas de garimpo”, não há mais peixes, a caça outrora abundante desparece, as doenças chegam em seu lugar. Ao mesmo tempo, as relações que se estabelecem entre essas “vilas” e as comunidades indígenas representam outro problema gravíssimo. Essas relações ora são conflituosas, frequentemente resultando em mortes por confrontos, ora são predatórias, já que o não-índio intruso passa a oferecer quinquilharias e comidas industrializadas em troca do “direito” de permanecer em terra indígena, o que introduz novas vulnerabilidades e doenças, e alimenta um outro grande problema do qual falarei no próximo tópico.
Os yanomami foram vítimas de uma tragédia sanitária possivelmente bem maior que a atual, que teve seu auge no final dos anos de 1980, justamente pela invasão garimpeira, portanto não é a primeira e, tremo ao dizer, provavelmente nem será a última vez que veremos imagens como as que circulam hoje pelo mundo. Mas, a bem da verdade, é preciso dizer que sim, foi nos últimos anos, com a retirada de diversas salvaguardas, que houve uma nova invasão garimpeira na região.
4 – O FATOR CULTURAL
A alguns amigos mais conhecedores da realidade indígena, tenho perguntado nos últimos dias se já viram os yekwana passarem fome ou vítimas desse tipo de situação que hoje vemos nos yanomami. Os yekwana são uma etnia de língua karib, bem diferentes dos yanomami, que também vivem em território venezuelano e brasileiro. Há três grandes comunidades yekwanas vivendo dentro da Terra Indígena Yanomami, exatamente na mesma região onde vivem os sanumá, um dos subgrupos yanomamis que está bastante vulnerável na atual crise. Os yekwana, entre outras características, são excelentes agricultores e exímios navegadores, experts na confecção de canoas e, por fatores eminentemente culturais – deixando bem claro que não faço aqui qualquer juízo de valor entre uma ou outra cultura – historicamente têm se mostrado muito mais resilientes no contato intercultural e muito mais eficientes na forma como lidam com crises de toda natureza.
Os yanomami, por sua vez, têm pelo menos duas características bastante marcantes que, me parece, os tornam mais vulneráveis nesse sentido do que seus vizinhos yekwana. A primeira chamarei de “individualismo”. Não existem lideranças amplamente reconhecidas nas comunidades yanomamis. Quem espera, por exemplo, interagir com um “cacique yanomami” ou algo parecido, certamente irá se frustrar no final do processo. Para a segunda característica cultural, pego emprestado do meu amigo, antropólogo e missionário Ronaldo Lidório, o que em seu Método Antropos de Análise Sociocultural ele define como “culturas existenciais”, aquelas que manifestam uma tendência mais acentuada de viverem focadas nas experiências ativas, ou seja, as do presente, deixando para se preocupar com o futuro quando ele chegar. Culturas individualistas e existenciais, como a yanomami, mostram-se mais vulneráveis às interações com a cultura envolvente, que via-de-regra leva “facilidades”, bem ou mal-intencionadas, como a comida industrializada que aparentemente “substitui” o duro trabalho de abrir uma clareira no meio da selva e plantar as roças que garantiriam a alimentação nos períodos mais críticos, ou os esforços relacionados à caça, à pesca e à coleta, por exemplo.
Não tenho, nem de perto, a pretensão de pensar que esses quatro aspectos resumem ou explicam a crise atual. Não falei, por exemplo, sobre a epidemia de malária, que tem crescido assustadoramente na área, como em tantas outras ocasiões no passado. Eu mesmo enfrentei pelo menos 9 malárias, duas delas resistentes, a maioria resultante das buscas ativas que fazíamos para interromper o ciclo de contágio em regiões endêmicas na área yanomami. Há muitos anos sabemos como controlar a malária, mas não tem havido a mobilização e investimento necessários para fazê-lo, ou pelo menos esses recursos não têm chegado onde deveriam, da forma como deveriam. Tivemos também a pandemia da COVID, entre outros fatores. Mas entendo que está posto o suficiente para que, humildemente, possa propor algumas sugestões para esse momento:
- Precisamos reconhecer que os problemas que afetam os yanomami são antigos, pelo menos cinco décadas, e a crise que vemos agora já vimos muitas outras vezes. Isso não é defesa ou ataque a um ou outro governo, mas sim uma constatação honesta. Por isso não creio que é momento de gastarmos tempo e energia encontrando culpados para a situação atual. Se há responsabilidades a serem atribuídas e contas com a justiça a serem pagas, deixemos que as autoridades judiciárias competentes cuidem disso. Há outras ações que nos cabem e demandam nossa atenção.
- Como movimento missionário evangélico e Igreja de Jesus Cristo, precisamos sair das nossas trincheiras e assumir compromissos mais amplos do que a atuação – excelente, por sinal – que temos concentrado em regiões bastante específicas. Ninguém conhece o povo, a língua e a cultura yanomami como os missionários! Simplesmente não faz sentido que estejamos fora dos debates acerca das soluções que precisam ser buscadas para esse momento. Há um grande e compreensível receio por parte das organizações evangélicas de se envolverem em iniciativas que visam pressionar e influenciar políticas e alocação de recursos públicos, mas precisamos pensar, nesse momento, no bem dos mais de 30 mil yanomamis e não apenas daquelas poucas centenas com os quais atuamos diretamente. Ainda sonho com o dia em que, como evangélicos, teremos uma ação de advocacy mais robusta, profissional e sistemática.
- Entre as ações apontadas no item anterior, precisamos pressionar as autoridades para que: a) Sejam interrompidas imediatamente as atividades de garimpo na área yanomami. Sabemos que é possível, já foi feito antes e pode ser feito novamente. b) Sejam deflagradas ações de combate à malária nas regiões endêmicas. Já foi feito antes e é uma necessidade urgente. c) Sejam implementadas ações de socorro imediato nas regiões onde estão ocorrendo mortes por desnutrição. d) Seja revista toda a operação de logística e alocação de recursos via Distrito Sanitário Indígena Yanomami.
- Como Igreja de Jesus, precisamos perguntar antes de fazer. Pilotando o Programa Aliança pela Vida, de respostas rápidas em emergências humanas, da Aliança Evangélica Brasileira, temos aprendido que no momento da crise aguda muitas ações ineficientes acabam acontecendo de forma atabalhoada, gerando excesso de respostas a determinada demanda, enquanto outras permanecem descobertas. Corremos o risco, por exemplo, de ter muita comida represada em Boa Vista sem capacidade de transporte para dentro da área yanomami. Por isso é fundamental uma ação planejada e articulada com quem está na linha de frente.
- Passado esse momento mais crítico, é fundamental pensarmos em ações estruturantes de longo prazo, sob o risco de um assistencialismo que só venha agravar ainda mais a situação no futuro. Para isso também é necessário ouvir, principalmente os yanomami e aqueles mais experientes e conhecedores da cultura yanomami e suas nuances. Talvez essa seja a tarefa mais difícil de todas, mas também a mais importante.
Seguimos pedindo a Deus que tenha misericórdia desse povo tão sofrido e, eventualmente, nos dê o privilégio de sermos parte da sua resposta.
Vinhedo, 22 de janeiro de 2023.
Cassiano Luz é Diretor Executivo da Aliança Evangélica Brasileira, idealizador do Programa Aliança pela Vida, que atua em situações de catástrofes e emergências humanas, e da SEPAL – Servindo aos Pastores e Líderes. Foi Presidente da Associação de Missões Transculturais Brasileiras – AMTB, onde colabora com o Departamento de Assuntos Indígenas desde 2004, e Diretor de Operações da Visão Mundial Brasil. É bacharel em Teologia e Especialista em Antropologia Intercultural. Viveu na área yanomami entre 1999 e 2006, onde atuou na educação bilíngue e bicultural, serviu como intérprete, técnico de enfermagem e microscopista em programas de atenção à saúde, educação e subsistência.
Como você mesmo disse “precisamos sair das nossas trincheiras e assumir compromissos mais amplos” e pra isso é preciso se posicionar, não ficar em cima do muro em um momento de tragédia humanitária como em grande parte do texto ficou. É preciso sim apontar o dedo para os culpados, só os cegos pelo governo anterior com suas indoles afetadas que relativam algo tão explicito. Uma montanha de dados, relatos e pesquisas estão aí para provar por A + B o quanto esse povo sofreu nos últimos 4 anos, graças a Deus (o Deus de verdade e não o que faz arminha) Ele nos permitiu ter um uma liderança que por mais erros que tenha, não se alegra com a morte do próximo e iremos vencer mais esse desáfio.
À vocês missíonários, é preciso aproveitar o momento de evidencia e ser a voz desse povo para o resto do Brasil, afinal “ninguém conhece mais os Yanomamis como os missionários”, pois os pobres coitados dos Yanomamis como dito também no texto “predominantemente monolíngue, não falante do português, em sua maioria” nem gritando socorro durante 4 anos foram ouvidos.
Nos discursos de alguns Yanomamis, eles demonstram uma resistência muito grande aos Evangélicos. É como se os Evangélicos Fossem seus piores inimigos, Um Povo Perigoso Que Pode Destruir a Cultura Deles. O que Não Compreendem é que, Para Deus, Uma Vida Vale Mais Que o Mundo Inteiro! Amém! Se Quiserem e Ouvirem ao Senhor, Comerão o Melhor Desta Terra! O Cuidado de Deus é Grandissimo Para Quem Se Abriga Debaixo de Sua Asas! PorIsso, Pelo Amor de Deus Por Sua Criação , Louvamos e Engrandecemos ao Senhor! Que os Yanomamis que têm rejeitado o Evangelho, não mais o rejeitem, pois eles são mais importante que a cultura que defendem! Amém! Jesus Cristo é o Princípio da Criação de Deus e o Amém! Aleluia! O Espírito Santo e a Igreja Dizem: Vem Senhor Jesus! Amém!
INos discursos de alguns Yanomamis, eles demonstram uma resistência muito grande aos Evangélicos. É como se os Evangélicos Fossem seus piores inimigos, Um Povo Perigoso Que Pode Destruir a Cultura Deles. O que Não Compreendem é que, Para Deus, Uma Vida Vale Mais Que o Mundo Inteiro! Amém! Se Quiserem e Ouvirem ao Senhor, Comerão o Melhor Desta Terra! O Cuidado de Deus é Grandissimo Para Quem Se Abriga Debaixo de Sua Asas! PorIsso, Pelo Amor de Deus Por Sua Criação , Louvamos e Engrandecemos ao Senhor! Que os Yanomamis que têm rejeitado o Evangelho, não mais o rejeitem, pois eles são mais importante que a cultura que defendem! Amém! Jesus Cristo é o Princípio da Criação de Deus e o Amém! Aleluia! O Espírito Santo e a Igreja Dizem: Vem Senhor Jesus! Amém!
magina tornar o aborto, que é um assassinato no ventre, uma questão de saúde pública? Isso é um laço armado contra médicos para que, se não vigiarem, se tornem assassinos de grande número de pessoas.
Vocês vão vencer mais esse desafio como não venceram, quando prometendo, deixaram de Realizar a Transposição do Rio São Francisco?
Prezado irmão, concordo com grande parte do escreveu…Porém, quanto a se achar culpados, creio que nem seja preciso esforço. Eles são conhecidos de todos! Penso que a Igreja tem que apontar, sim, esses que permitiram chegar nesse estado. Bolsonaro, Damares, Salles, Heleno, Mourão e quase toda a trupe do governo passado tem culpa, sim. Temos que orar – e cobrar – para que se faça justiça. Sobre a COVID, vimos que das 700 mil mortes, mais da metade poderiam ter sido evitadas com vacina e sem o kit demoníaco de cloroquina etc…Foi traçado um plano de extinção dos mais pobres, e os Yanomamis são vítimas desse plano. Houve facilitação para a exploração de madeira, para o garimpo ilegal, fechou-se os olhos para o envenenamento, estupro, vários tipos de violências contra esses povos…A Igreja no Brasil está doente, muitos pastores estão cegos e guiando os membros para abismos…Hoje há uma “desenvangelização”! A água nem chegou a ser vinho, virou direto vinagre…A frase: “Você quer aceitar Jesus?” é recebida com: “Qual Jesus? O da cloroquina, o do garimpo com mercúrio ou o da liberação das armas? Lutero, Calvino, Wesley e tantos outros se envergonhariam dessa fase da Igreja, da covardia e burrice dos membros, desse “evangelho” da morte!
De fato, a frase não procurar culpados não pode existir numa situação como essa. Vale reconhecer que para vergonha de Cristo, o involvimento da igreja no projeto político do governo Bolsonaro tem sim sua gigante parcela de culpa. É de uma ingenuidade absurda, não acreditar que tendo como presidente, um homem que abertamente discursava contra o índio e seus direitos, que não haveria reflexos nas suas políticas ativas. Muitos irmão se assentaram na roda dos escarnecedores, em troca de poder político e outros lucros. Ter atrelado o nome de Cristo foi um erro que ainda trará suas próprias consequências.
Engraçado que na fala de vcs ainda insistem em encontrar culpados! Acho que não leram bem a matéria. Por que também não mencionaram o governo Lula? Com seus 10 anos de governo?? É intrigante esta perseguição acirrada que fazem contra um governo de apenas 4 anos, sendo 2 anos enfrentando uma crise como a do covid? Não entenderam que a matéria fala também sobre a dificuldade do acesso aos Yanomamis?
Por que vcs se calam em relação às atrocidades do governo Lula, ou melhor, do PT ; como a liberação do aborto, apoio a narcotraficantes, e ideologia de gênero?
Sinceramente não dá para entender!!
Existem pessoas que, apesar de seus defeitos, pecados, se Inclinam Para Deus Que Endireita Veredas. Porém, existem aquelas que, cada vez mais, se Inclinam Para as Trevas.
Querido irmão, pare de assistir novelas e seriados e pesquise, mesmo que de forma rasa, para ver que os Yanomamis sofrem a décadas. É preciso refletir sobre os motivos que fazem um povo indígena desaprender a arte de viver da floresta. É muito estranho ver indígenas morem de desnutrição. Será que não tem mais peixes, árvores frutíferas, terras agricultáveis, caça e etc… por lá? Fique sem trabalhar e você verá a fome bater à sua porta. Tem muito cristão que não consegue lidar com a verdade. Temos que estender a mão, sim, mas colocar comida na bora dele, não.
Não podem.peacar, não pod plantar, eatao.doentea.
Águas, rios, peixes, envenenados por mercurio.
O índio morre pelas ação do garimpo e dos madeireiros ilegais.
Como aí um camaraozinho estragado e veja o que te acontece sem socorro.
Imagina tornar o aborto, que é um assassinato no ventre, uma questão de saúde pública? Isso é um laço armado contra médicos para que, se não vigiarem, se tornem assassinos de grande número de pessoas.
Parabéns Sérgio por suas observações. Esse momento é dos verdadeiros abortos que tanto preocupa os ” evangélicos” .
Amado irmão,
Louvo a Deus pela sua vida, conheço este trabalho e tenho irmãos que já doaram seu tempo como profissionais- Enfermeiros e contribuíram nesta obra tão difícil.
Obrigada pelos esclarecimentos , infelizmente vivemos num mundo aonde existem muitos corações duros e mesmo sem conhecer generalizam todos os trabalhos de cristãos como oportunistas de ganho de dinheiro e sei que este trabalho e serio.
Que nosso Deus tenha misericórdia dos Yanomami e levante pessoas comprometidas para socorrê-los!🙏🙏🙏🙌🙌🙌🙌
“Quem não aprende com a história está fadado a repeti-la!”
Obrigado Cassiano pela excelente explanação neste tempo de guerra de narrativas – feliz por ter se pautado pela verdade dos fatos.
Como igreja podemos avançar nas ajudas, como o projeto ASAS DO SOCORRO faz brilhantemente, no entanto há uma barreira da maioria das ongs contra a atuação da igreja, pois diz que afeta a cultura e parece querer vê-los definhando para explorar a imagem e captar recursos.
Na sua opinião, como impedir que os índios sejam influenciados pela cultura de fora? como isso é possível em tempos de globalização?
Outra pergunta, muitos criticam os índios de prosperarem, terem casa boa, carro bom, energia, etc… Qual o problema deles prosperarem utilizando o manejo da terra que já possuem e assim garantirem seu sustento e futuro?
Textinho sem vergonha dessa associação.
Infelizmente Cristo teria vergonha da Igreja.
Textinho sem vergonha dessa associação.
Infelizmente Cristo teria vergonha da Igreja.
Bom dia, em primeiro lugar agradecer pelo esclarecimento dos fatos em questão é dizer que esse não é o momento dê apontarmos que esse ou aquele ser o culpado do que vêm acontecendo. Com amor no coração e atitudes positivas em ações podemos fazer a diferença. Senhor meu Deus tem misericórdia desse povo 🙏🏻
Seu comentário foi interessante até quase o final. Mas… infelizmente discambou para a ideologia. O governo atual teve 16 anos para resolver isso, e só agora é que vai resolver? “Çei”.
Ficou 7 anos em uma aldeia e só agora que você se manifestou?
Não basta apenas falar de Jesus e ser conivente com essas atrocidades com os nossos semelhantes.( principalmente crianças)
As instituições religiosas só sabem pedir dinheiro.
Faça o ide de Jesus mas tenha compaixão com o seu próximo.
O governo atual estará cuidando desse povo, coisa que vocês só sabem “explorá-los.( colonialismo)
O mesmo Jesus que nos ordena amarmos ao próximo, também nos diz para não julgarmos uns aos outros. Na minha opinião o texto é bem esclarecedor e o autor tem conhecimento e prática do assunto . Jornalismo se faz ouvindo os vários lados. Infelizmente vivemos uma guerra entre religião x politica, que não acaba!!!! O que vi nestes últimos anos foi um ódio muito grande dos dois lados, extrema polarização. Por isso, como cristã, dentre vários aspectos, procuro fazer como a Bíblia nos orienta: “ Analisai todas as coisas, retende o que é bom”. Não me vejo e nem quero ter a pretensão de julgar o trabalho de uma pessoa ( que não conheço e não sei quase nada sobre o assunto e lendo o texto vi que o autor conhece) partir do que a grande mídia está explorando nesses dias. Penso que diminuiríamos o ódio entendendo que ninguém é perfeito, nenhuma instituição é perfeita, nenhum governo é perfeito, mas que precisamos reconhecer que “ Deus pedirá conta individualmente “ de tudo o que fizermos aqui. Os olhos de Deus veem o que a mídia não vê. Ele é conhecedor de tudo e o justo juíz. Ps: Para esclarecimento: não sou ligada a nenhum partido político e a nenhuma ONG. Apenas, como cristã, me vejo na obrigação de em primeiro lugar orar pelos yanomamis e por todos os povos indígenas e em segundo ajudar, se tenho condições. Se há má gestão nas instituições, vai aparecer.
Seu comentário foi interessante até quase o final. Mas… infelizmente discambou para a ideologia. O governo atual teve 16 anos para resolver isso, e só agora é que vai resolver? “Çei”.
Bom dia! Graça e Paz.
Obrigada pelo texto.
Coerrente e rico em informações. Venho pesquisando e escrevendo sobre temas similares.
Vocês vão vencer mais esse desafio como não venceram, quando prometendo, deixaram de Realizar a Transposição do Rio São Francisco?
Texto necessário para este momento repleto de fakes, crises e desequilíbrios. O importante é que, nós como Igreja de Cristo, sejamos Luz, abracemos esta causa e façamos a diferença.
Muito esclarecedor este texto mas temos que ajudar a todos os povos indígenas, a partir dos Yanomamis com o coração no amor de Cristo.
Causa urgente e permanente. Agradeço o excelente texto que contextualiza uma questão dramática, crônica e que agora grita ao mundo e convoca a igreja de Cristo a uma conversão aos pequeninos de Jesus (Mt. 25).
Em nome de JESUS que possamos cooperar direta indiretamente com esta e outras causas.
Obrigado pelas informações e opiniões.
Jesus te abençoe ricamente
Fico muito feliz por saber da atuação da Igreja nesta situação . Cheguei a perguntar o que poderíamos fazer. Agora, após este texto esclarecedor, me sinto em paz em contribuir com a Alianca/Asas de Socorro.
No contexto atual é inevitável não abordar o garimpo, atividade ilegal tipificado como crime ambiental e que foi incentivada no governo que acaba de encerrar. Esse dado é inafastável e precisa debatido, sobretudo porque os evangélicos, seguimento a qual pertence essa organização aqui, deram amplo apoio e não se posicionaram contrariamente a essa questão ambiental com forte impacto sobre os indígenas que quase havia sido superada pela anacronismo e prejuízo que representa. Acredito que cabe aos evangélicos continuar trabalhando e honestamente fazerem a meia culpa de emular mais recentemente um governo que bo mínimo foi omisso e no máximo criou essa tragédia.