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Como orar pelas pessoas afetadas pela tragédia no Rio Grande do Sul?

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Publicado originalmente por Editora Ultimato | Durvalina Bezerra

“Procurai a paz da cidade…e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz, tereis paz.” (Jr.29.7)

O Deus da paz fala pelo profeta Jeremias que o povo deveria orar por “shalom” cujo significado não é apenas tranquilidade, é estar suprido das bênçãos de Deus, ter prosperidade para desfrutar o bem-estar entre as pessoas e o bem-comum entre todos. Na linguagem de Eugene Peterson: “Se a cidade estiver em paz, vocês também estarão”. No cristianismo genuíno ninguém pode estar bem sozinho, ninguém pode estar em paz diante de um povo em calamidade. “…Chorai com os que choram”. (Rm.12.15)

Orar é a expressão do desejo do coração
Oremos, desejando ver as famílias desabrigadas em segurança, aquelas que estão enlutadas sendo consoladas pelo Espírito Santo. Para que aquelas que estão separadas dos seus entes queridos sejam fortalecidas na esperança e os tenham de volta. Clamemos, para que todos sejam supridos em suas necessidades.

Supliquemos ao Pai, que o seu amor e graça alcancem os corações, que o Espírito que convence o homem do pecado traga à consciência de cada um a necessidade de voltar-se para Deus e buscar a bênção da salvação eterna na pessoa do Filho, Jesus Cristo.
Oremos pelas cidades para que sejam reconstruídas, a economia restabelecida, tudo voltando à normalidade.

Intercedamos com fé, na expectativa da ação divina, porque nosso Deus é fiel, ele intervém na história dos homens.

A oração é o caminho para a bênção chegar a todos, os que oram e os que recebem orações. Este é o princípio divino, esse é o dever do cristão!

“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões e ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos que acham investidos de autoridade, para que tenhamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito” (1Tm.2.1-2).

Somos cidadãos do Reino de Deus, mas também somos cidadãos brasileiros e não podemos deixar de exercer a nossa cidadania e nos abster de clamar e agir pela situação do Rio Grande do Sul.

Intercedamos pelo governo federal, estadual e municipal, que têm a maior responsabilidade de investir recursos, enviar profissionais e usar a tecnologia e a ciência a favor da reconstrução do Estado. Não apenas agora, quando a nação está chocada com a desolação causada pela força das águas, mas com iniciativas consistentes até a real restauração das cidades assoladas.

Oremos pelo exército, pela marinha e aeronáutica, pelos bombeiros, pelos ministros, pelos voluntários que se unem para socorrer as vítimas das enchentes. Que o Senhor os fortaleça nessa força-tarefa!

Clamemos pela unidade nacional, que todos se solidarizem e contribuam para ajudar na reconstrução das cidades. Cada setor da sociedade, a indústria, o comércio, as ONGs, as igrejas, os mais abastados e os mais pobres, todos estendam as mãos para cooperar numa campanha de fraternidade.

Oremos pelos responsáveis pela distribuição dos donativos, de modo que esses cheguem ao destino, às mãos dos que de fato necessitam.

Agradeçamos pelas decisões do governo em liberar recursos e pela generosidade do povo brasileiro que tem feito significativas doações.

“Em alta voz clamo ao Senhor; elevo a minha voz ao Senhor, suplicando misericórdia” (Sl.142.1).

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At.2.42).

Oremos pela igreja evangélica, ela deve cumprir sua missão através da oração. Orar nos momentos dos cultos, promover vigílias, fazer campanha de oração, mobilizar os ministérios da igreja para que dediquem um tempo específico para clamar pelas famílias e toda situação em que se encontra o Rio Grande do Sul.

Intercedamos pelas lideranças da igreja – que sejam despertadas para se unirem em movimentos de oração e doação de recursos.

Clamemos pela igreja, que ela compartilhe o pão, os dons e serviços para atenderem às vítimas das enchentes. Não é hora de discutir pontos escatológicos divergentes, é tempo de participar do desafio de ser luz no mundo e sal da terra, sendo solidário com os que sofrem.

Oremos pelas igrejas das cidades afetadas, o Senhor fortaleça a fé e renove a esperança da liderança, de cada membro e cada congregado.

“Vós sois o sal da terra…vós sois a luz do mundo… Assim, também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt.5.13-16).

Nesse momento, o Pai deve ser glorificado pelas boas obras dos cristãos, ao invés de murmurar, questionar sobre a bondade, o amor e a justiça de Deus, devemos nos humilhar diante da grandeza do Criador e manifestar a essência do sal que preserva de toda corrupção e o brilho da luz que reflete a glória do divino.

“Você pode fazer mais do que orar depois de ter orado, mas não pode fazer mais do que orar até que tenha orado.” ( A. I. Gordon)


Durvalina Barreto Bezerra, diretora do Centro de Educação Teológica e Missiológica Betel Brasileiro, escritora e conferencista.

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