Diálogos de Esperança vai refletir sobre as causas, significados e efeitos da crença em um “poder superior”
Quase nove em cada dez brasileiros dizem acreditar em Deus, segundo a pesquisa Global Religion 2023, produzida pelo Instituto Ipsos. Isso coloca o Brasil, junto com a África do Sul, no topo do ranking de 26 países pesquisados pelo Ipsos, com base em uma plataforma online de monitoramento que coleta informações sobre o comportamento destas populações.
De acordo com a pesquisa, 70% dos brasileiros disseram que acreditam em Deus como descrito em escrituras religiosas, como a Bíblia, o Alcorão, a Torá, entre outros, e 19% acreditam em uma força superior, mas não em Deus como descrito em textos religiosos.
Outro ponto interessante é que acreditar em Deus não significa necessariamente ser religioso – e o caso brasileiro demonstra bem isso. Enquanto 89% dos entrevistados no país disseram crer em Deus ou um poder superior, só 76% afirmaram seguir uma religião.
O cenário evangélico
Pensando no público especificamente evangélico, com base nos dados do censo demográfico conduzido decenalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os evangélicos representavam em 2010 cerca de 22% (aproximadamente 42 milhões) dos brasileiros. Estimativas do Datafolha baseadas em pesquisas de opinião pública sugeriam uma fração ainda maior da população em 2022, cerca de 26%.
De acordo com o estudo “Surgimento, trajetória e expansão das Igrejas Evangélicas no território brasileiro ao longo do último século (1920-2019)”, do Centro de Estudos da Metrópole, da USP, entre 1970 e 1990, o número de templos evangélicos cresceu mais de 16 vezes, passando de 1.049 para 17.033. Ainda segundo o estudo, entre 2000 e 2016 as Igrejas Evangélicas experimentaram o maior ciclo de crescimento desde o início da série observada (1920-2019). Tal ciclo foi impulsionado pelo forte crescimento das Igrejas Evangélicas Pentecostais que, em 2019, tinham 48.781 templos em todo território nacional, contra 22.400 das Igrejas Evangélicas Missionárias e 12.825 das Igrejas Neopentecostais.
Perguntas sobre os efeitos da crença
O cenário religioso no Brasil é efervescente e ultrapassou as barreiras subjetivas e privadas, tornando-se também um fator importante no debate público sobre escolhas políticas, comportamentos sociais e relações interreligiosas.
O que tudo isso significa para nós, evangélicos? Quais as causas e os efeitos da crença em Deus? O que esperar do futuro de uma nação que crê no transcendente? Essas e outras perguntas serão assunto da próxima live do Diálogos de Esperança, na terça-feira, dia 20 de junho, das 19h às 20h, nos canais da Editora Ultimato. Os convidados são Débora Otoni, comunicadora e escritora, e Ricardo Bitun, teólogo, professor e pastor. Os âncoras serão Claudia Moreira e Valdir Steuernagel.
Serviço | Diálogos de Esperança
Tema: “Brasil: o país mais ‘crente’ do mundo”.
Quando: 20 de junho de 2023.
Horário: 19h (horário de Brasília).
Local: Canal da Editora Ultimato no Youtube e Facebook.
Entrevistados: Débora Otoni e Ricardo Bitun.
Realizadores: Aliança Evangélica Brasileira, Tearfund, Ultimato e Visão Mundial
Sobre os entrevistados:
Débora Otoni, 36 anos, mineira morando em terras capixabas, casada com Marcos Almeida e mãe de Joaquim, Isabel e Cecília. Trabalha(trabalhou) há mais de 15 anos na igreja local (Missão Praia da Costa) com desenvolvimento e criatividade, eventos e comunicação. Hoje, se dedica à escrita e produção de conteúdo. É criadora e autora dos livros “Eva a Ester” (2020) e “De Maria até nós” (2022) ambos pela Thomas Nelson Brasil.
Ricardo Bitun tem Doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atualmente é adjunto da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pastor da Igreja Manaim -Mooca (SP).
Playlist do Diálogos de Esperança
Assista a todas as lives já realizadas aqui.